segunda-feira, dezembro 11, 2006

Sonho realizado!

Finalmente, hoje conheci pessoalmente o meu escritor preferido:
José Luis Peixoto
Foi à sétima tentativa, depois de 4 anos...como disse uma amiga:
"O mestre só aparece quando o discípulo está preparado".
E tudo começou quando li o seu primeiro livro: "Morreste-me" que foi para mim uma catárse...
Deixo aqui alguns apontamentos de hoje, a propósito do lançamento do seu 7º livro/romance "Cemitério de pianos":
"No dia em que morre o meu pai, nasce a minha sobrinha, uma noticia de morte e de Vida.
(...) pela 1ª vez uso fotografias num livro. Escolhi 2 fotografias de Julia Margaret Cameron (talvez a 1ª mulher fotógrafa 1815-1879 Reino Unido).
Livro q sugere uma leitura de certa forma impressionista...como a pintura pontilista, de perto são pontos e ao longe são uma imagem.
Colocaram-lhe a seguinte questão:
Tem consciência que é mt perturbador? É mt importante falar de assuntos que sejam perturbadores...é fazer mais qualquer coisa, fazer as pessoas crescerem em alguma coisa...é preciso uma certa ousadia e responsabilidade da minha parte, a vida é tudo o que temos! Eu sinto todos esses sentimentos, naquilo que escrevo tento não ter medo, são os sentimentos que nos distingem doutra espécie (sentimentos com inteligência) é a marca mais profunda daquilo que é Humano... é aquilo que nós somos!
É muito bom chorar...
Chorar devia ser uma cadeira nas Universidades e escolas...
Ter consciência de que existe morte é dar mais valor à vida...(...) Tenho uma boa memória auditiva, consigo ouvir frases nas vozes dessas pessoas (personagens dos seus livros inspiradas em familiares já falecidos ex. padrinho q faleceu c 104 anos, vizinhos, etc...) é importante saber dar, mas tb é importante saber receber.O lugar dos mais velhos na sociedade... é escandaloso, é a perda de uma oportunidade, de crescermos...
Passamos pelas coisas sem as sentir.
A procura da beleza faz sentido...
Sou bastante ecléctico na música que ouço, desde Metal a piano (para este livro) Mendelson, Shostakovich, Chopin e ouvi muito Maria João Pires interpretar Mozart.
O piano é um instrumento que me fascina.
Não toco piano...
O piano dá origem à música... desde a pétala a cair até à tempestade...
O piano é quase um móvel, o que se faz dele é determinante.